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Mostrando postagens de 2012

Aristarco de Samos: O homem que colocou o Sol no centro

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Créditos da imagem: https://historia-biografia.com/aristarco-de-samos/ Quem colocou o Sol no centro foi Nicolau Copérnico, é claro! Está lá no livro da escola. Ao contrário das criaturas atrasadas que viviam na Idade Média (só pra avisar, estou sendo irônico) que diziam que a Terra está no centro do Universo, Copérnico defendeu o heliocentrismo (Sol no centro). E Aristarco de Samos? Poucos conhecem. Ele foi um astrônomo que viveu entre 310-230 a.C. Escreveu As Dimensões e as Distâncias do Sol e da Terra . Apenas com a observação, sem o auxílio de nenhum instrumento (nenhum mesmo!) ele descobriu coisas fantásticas, como: - O Sol é uma estrela muito maior que a Terra. Não fazia sentido um astro tão grande orbitar ao redor de um muito menor que ele; - A Terra gira ao redor do Sol que permanece imóvel; - A Lua gira ao redor da Terra; - A Lua é iluminada pela Sol; - Aristarco conseguiu estimar a distância da Lua em relação a Terra; - Ele também estimou a distância do Sol em rela

Os Guerreiros de Xi'an

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Quando os Guerreiros de Xi'an vieram para São Paulo, eu visitei 4 vezes a exposição na Oca do Ibirapuera. Em uma delas fui com a minha esposa (na época pretendente). Foi um lindo passeio romântico! Eu, a Fá e os alunos... Até chegarem em Sampa e ficarem diante dos meus olhos, houve uma longa história por detrás daqueles imensos guerreiros em terracota. Qin Shi Huang foi o primeiro imperador da China. Com seu disciplinado exército e suas balistas poderosas, ele dominou outros reinos e unificou a China durante seu reinado (221-210 a.C.). Foi ele quem iniciou a construção da muralha da China. Morreu cedo (coitado), provavelmente envenenado por mercúrio. É que Qin Shi Huang buscava desesperadamente alguma forma de não morrer nunca (o cara unificou a China e não queria de jeito nenhum largar o osso). Bom, talvez o imperador foi acometido pela síndrome do "eu sou insubstituível!!!" (muita gente ainda sofre desse mal) e quis viver eternamente. Os médicos receitavam mercúrio par

A vida beata

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Calma. Não vamos falar sobre a vida da simpática Dona Clotilde com seu coque. Esta postagem não é sobre a vida da beata, mas sobre a vida beata. Uma vida beata todos a desejam, inclusive você. Beatitude significa Felicidade. Todas as pessoas querem ser felizes. A discordância entre elas começa quando se discute o que é a felicidade e como encontrá-la. Aí cada um fala uma coisa. Felicidade é isso... É feliz quem... O caminho para a felicidade é esse... Para ser feliz você... Há respostas lindas e até comoventes! Porém, falar sobre Felicidade é mais um papo filosófico do que uma questão de preferências. Se pensarmos bem, o que acontece mesmo é que ficamos felizes, mas não necessariamente estamos felizes. Aí vem a grande questão: A Felicidade é uma realidade existente ou algo que eu imagino, uma sensação que tenho. Se a Felicidade é uma realidade, ela é permanente e não depende da minha existência; eu posso participar ou não desta realidade. Agora, se a Felicidade é algo subjetivo,

Francis Bacon e o método indutivo

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Créditos da imagem: https://www.brainpickings.org O professor de História Antiga da faculdade dizia: "Deixem de ser empíricos! É necessário dar um salto!" Eu, calouro, caipira do interior com medo de cidade grande, não entendia... Demorou, mas depois (bem depois) entendi. O professor não queria que reproduzíssemos apenas o que constava num documento. Era o que todos costumavam fazer: dizer com outras palavras o que já estava no texto ou na imagem. Bom, quando se trata de empirismo não dá pra não falar de Francis Bacon (1561-1626). Ele não é o criador desta prática, mas a adotou plenamente, a ponto de desenvolver todo um método científico que seria trilhado pela ciência moderna: o método indutivo. Basicamente é assim: para conhecer as coisas é necessário um método, isto é, um procedimento que procure resolver problemas práticos. Para tanto, não há como produzir um conhecimento científico sem uma pesquisa experimental. Diante de um problema real, o cientista elabora e

Vikings: os dragões ferozes

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Invasão ou expansão? Depende de que lado você está. Bom, na verdade as coisas não são tão simples... O fato é que os Vikings deixaram muita gente em pânico. Eles eram descritos como dragões ferozes que vinham pela névoa! Vik significa baía. Ou seja, eles eram aqueles que navegavam de baía em baía. Eles também eram conhecidos como normandos. Nordmanni significa "homens do norte". No final do século VIII, todos os anos eles faziam incursões pelos rios da Irlanda e de Inglaterra, pilhando igrejas e mosteiros. Depois, eles se estenderam para outros lugares da Europa com a mesma estratégia, que apesar de conhecida, era infalível. Vinham em silêncio com seus rápidos navios chamados  knorr . Como não havia barulho de deslocamento de tropas ou de cavalos, eles pegavam todos de surpresa e faziam a festa. Mas por que esses guerreiros partiram da Escandinávia em direção ao sul da Europa? Alguns dizem que o crescimento populacional gerou a necessidade desta empreitada. Outro

A decadência moral da Igreja no século X

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Créditos da imagem: http://initiale.irht.cnrs.fr/decor/9181 O século X é conhecido com um período de forte crise no interior da Igreja. Parte dessa crise teve sua origem ainda no século IX. As invasões normandas e húngaras deixaram várias igrejas e mosteiros em ruínas, o que contribuiu para uma onda de pessimismo e de desorientação em parte do clero. Nos anos subsequentes se intensificou o processo de feudalização no interior da Igreja. Bispos se tornavam vassalos de nobres e lhes prestavam Homenagem. Além disso, bispados e mosteiros passaram a pertencer a senhores feudais. Assim, um dos fatores cruciais para compreender a decadência moral da Igreja no século X é a interferência do poder secular na Igreja. Nem o trono papal foi poupado. Neste período o papado ficou subordinado às famílias aristocráticas romanas e se transformando numa instância de poder a ser disputada entre elas. O assassinato era comum para eliminar os concorrentes ao trono pontifício. Como não se bastasse, in

Homem do livro responde sobre o significado da suástica

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Cerâmica de Samarra (Mesopotâmia) 5000-4000 a.C. Carolina de Uriçanga pergunta: O que significa a suástica nazista? Homem do Livro responde: Após exaustiva investigação, percorrendo os 4 cantos da terra, observando as 4 fases da lua, planando nos 4 ventos do mundo, combinando os 4 elementos da natureza e, finalmente, navegando nos 4 rios do Éden, descobri que a suástica é composta por duas hastes cruzadas (cada haste com 4 partes). Meus cálculos matemáticos revelaram que 4 x 4 = 16, a totalidade da revelação ou criação material (viram que tem 4 em tudo?) Após esta pequena introdução, devo lhe dizer que os nazistas não inventaram a suástica. É uma representação presente em muitos povos (dos 4 cantos da terra). Ela indica um movimento de rotação ao redor de um centro e representa um movimento de criação e da força do universo. Significa uma ação, um ciclo perpétuo e uma regeneração que acompanha representações de salvadores da humanidade. Penso que aqui entram os nazistas

A inocência dos muçulmanos e a liberdade de expressão

O filme A inocência dos muçulmanos , ao que tudo indica filmado na Califórnia, produzido e dirigido por Nakoula Basselet Nakoula, continua provocando protestos pacíficos e violentos em várias regiões do mundo. Só pelo trailer dá pra perceber que o filme é tosco. Porém, mesmo se fosse bem produzido provocaria indignação igual ou maior. Este episódio é emblemático, pois representa muito bem como é o olhar ocidental sobre os muçulmanos. E as perguntas que todos fazem: esse filme justifica tamanha violência? Esses muçulmanos não têm senso de humor? Só por que não concordam com o filme eles pensam que podem atacar as embaixadas norteamericanas e matar gente que não possui nenhuma ligação direta com isso? E mesmo se tivessem alguma ligação, onde está a liberdade de expressão? Particularmente, penso que as questões não são estas. A questão central é que este episódio faz parte de um conjunto de ações e de mentalidades gestadas no Ocidente contra o Islã que se prolongam por séculos e s

São Paulo: passado e presente

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Créditos da imagem: https://pracadase.wordpress.com/ Houve uma época em que São Paulo era cidade pequena, bem mais acolhedora e aconchegante. O trabalho era farto. Tudo estava por construir. No lugar do asfalto e do concreto havia grandes chácaras e sítios que com o tempo foram transformados em bairros e vilas. Houve uma época em que São Paulo tinha vida simples, nada de coisas dramáticas ou grandes tragédias anunciadas em jornais. Era a terra da garoa, terra dos estudantes de Direito, dos poetas românticos que se entregavam aos saraus e à boemia noturna iluminada inicialmente, à luz de gás. Houve uma época em que a vida em São Paulo era calma. Os trilhos dos bondes recortavam toda a cidade. Ah o bonde... que sensação agradável passear de bonde... silencioso, ele deslizava calmamente por entre as ruas, esquina após esquina, sempre com aquela brisa suave no rosto. Nele, amigos se encontravam e desconhecidos se cumprimentavam cortesmente. Houve uma época em que os rios de São P

Garoto Gorfadinha em: Meu pai adora pizza de bacon

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Créditos da imagem: https://www.thespruceeats.com/bacon-pizza-482053 Oi pessoal! Estou em uma missão muito importante. Quero fazer uma grande surpresa para o meu pai. Vou investigar tudo sobre a origem da pizza que ele mais ama. Para isso, estou aqui na Inglaterra em pleno reinado de Vossa Majestade Jaime I. Mas vocês podem me dizer: - Ué, mas pizza não tem mais a ver com a Itália? E eu respondo: - ... Bom, deixa pra lá. Nosso entrevistado acabou de chegar. Garoto Gorfadinha - Senhor Bacon, como o senhor se sente em ser responsável pela alegria de milhares de pessoas nos jantares de sábado ou de domingo? Francis Bacon - Bem, ficaria muito feliz se minhas ideias fossem discutidas pelas pessoas durante seus jantares, ainda mais, nos jantares especiais de fins de semana. Porém, presumo que isso não ocorra. Garoto Gorfadinha - Que isso, não seja tão modesto... É claro que bacon não chega a ser uma unanimidade, né. Mas é inegável que bacon combina muito bem com qualquer outra

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